terça-feira, 11 de maio de 2010

Profissional em Foco

Pontualidade nunca é demais e agrega valor

04/05/2010 - 17h17
 
Esta semana o brasileiro foi acordado para uma dura possibilidade: perder o lugar de realizador da Copa do Mundo de 2014 por não cumprimento do cronograma estipulado pela FIFA.

Segundo os noticiários, os organizadores do evento - preocupados com o atraso nos prazos para a realização das obras, ameaçaram o Brasil de mudar para a Inglaterra a Copa do Mundo. Este episódio, independente de acontecer ou não, nos colocou em evidência pela falta de seriedade e competência com relação ao trabalho, na medida em que para sediar a Copa prometemos mundos e fundos e, até o momento, não cumprimos.

Para a maioria dos brasileiros isso é balela da FIFA, que ameaçou com a mesma medida a África do Sul, e no final não aconteceu nada. Se é fato ou só um encostão na parede, o que interessa é que sujamos nossa imagem, porque ainda não percebemos que a percepção do tempo da globalização é diferente do nosso.

Sabemos que existem países em que as relações com o tempo são monocrônicas, gente que leva a sério o relógio. Cumpre os horários nos segundos e faz das tripas coração para nunca se atrasar, nem que seja só um minutinho.

Os monocrônicos são, entre outros, Inglaterra, Estados Unidos, Japão. Famosos pela super pontualidade, esses países cumprem à risca o tempo dos seus compromissos e entendem que falhar nesse quesito pode interferir de modo nefasto na vida das pessoas.

Do outro lado, existem os países policrônicos, entre eles, Portugal e o nosso adorado Brasil, que são de natureza mais flexível. Para nós, o tempo das pessoas e das coisas é elástico e não deve ser levado tão a sério.

Ambos podem se dizer corretos nas suas visões sobre como administrar o tempo. Mas, quando o assunto é trabalho e dinheiro com envolvimento global, como o da Copa do Mundo, levar a sério o relógio só traz vantagens - tanto para os envolvidos no negócio quanto para a imagem da empresa e do país.

Relacionamentos comerciais globais exigem uma postura também global, que demanda seriedade, comprometimento e respeito aos compromissos assumidos. Caso contrário, é praticamente impossível fazer um negócio.

Para quem pretende manter relacionamentos de caráter globalizado, o episódio da Copa 2014 serve para alguns lembretes:


  • Ao se relacionar com pessoas de outros países tenha em vista que, apesar de parecermos semelhantes, as diferenças existem, entre elas, a maneira de encarar o tempo.
  • Acostume-se a cumprir os prazos para entregar documentos, propostas, produtos ou serviços. Tenha por princípio que agindo dessa forma a vida fica mais fácil.
  • Lembre-se, pessoas que levam a sério o relógio nem sempre estão dispostas a entender o jeito flexível de encarar o tempo nos negócios. Para quem é pontual esperar, por qualquer motivo, é puro desrespeito.
  • Atrasar não é uma atitude chique ou de gente poderosa, mas de quem não sabe respeitar quem está envolvido no relacionamento, seja de trabalho ou não.
  • Para os que têm por hábito o atraso, a dica é adiantar o relógio e esquecer que o fez. Essa é a única garantia para nunca pisar na bola.

Emprego Certo

Twitter @uolempregocerto

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